terça-feira, 27 de dezembro de 2011

SIMPÓSIO CESC/UEMA - 2011


SIMPÓSIO DE GEOGRAFIA DO CESC/UEMA: 
Licenciatura em Geografia, Ensino, Pesquisa
e Extensão na Universidade


Da esq. p/ dir. - Jamilson, Profº Eduardo Almeida, Profª Mariana e Antoniel.


ESTUDO DO MEIO: teoria e prática no ensino de geografia1

Antoniel Gomes da Silva2 
   Eduardo de Almeida Cunha3 
                                     Centro de Estudos Superiores de Caxias-CESC 
                               Universidade Estadual do Maranhão-UEMA
RESUMO

               Este artigo pretende demonstrar a importância do estudo do meio como metodologia inovadora e adequada para o ensino de geografia. O artigo traz o relato da experiência vivida pelos alunos da disciplina Pratica de ensino: metodologia no ensino de geografia ao utilizarem o estudo do meio como ferramenta metodológica ao efetuarem uma aula no grupo Seixo Caxias e Lagoa Azul. Busca-se através de vários teóricos e também da experiência no grupo Seixo Caxias e Lagoa Azul, a defesa do uso do estudo do meio como metodologia indispensável ao ensino da ciência geográfica.

1. Artigo apresentado ao I SIMPÓSIO de GEOGRAFIA do CESC-UEMA: LICENCIATURA em GEOGRAFIA: Ensino, Pesquisa e Extensão  em 2011.02.
2 Acadêmico do curso de Geografia licenciatura pelo CESC-UEMA
3 Professor especialista lotado no departamento de história e geografia do CESC-UEMA e orientador do artigo.

OFICINAS:
     OFICINA APRESENTADA PELOS PROFESSORES (CÍCERO BRITO E EDUADO ALMEIDA)COM O TEMA:
    O USO DA MAQUETE DE FORMA INTERDISCIPLINAR NO ESTUDO DE GEOGRAFIA.
A confecção de maquete propicia uma experiência única “terapia didática construtiva” que no final do produto o aluno cria seu entendimento sobre os aspectos que configuram a topografia e relacionando num plano visual de uma percepção tridimensional.
Objetivos:
Ø Compreender o processo de confecção da maquete relacionada à configuração das formas peculiares de cada camada que transcende numa percepção tridimensional.
Ø Desenvolver atividade artística que aguça o desejo de aprender dos alunos, fazendo uma analogia entre teoria e prática dos conteúdos de Geografia.
Ø Compreender que as cores representadas na maquete seguem as convenções cartográficas destacando as curvas de nível, e a legenda Hipsométrica.
Ø Desenvolver a capacidade de análise e raciocínio lógico.

Da esq. p/ dir. - Profº Cícero Brito e Profº Eduardo Almeida.


OUÇO E EU ESQUEÇO,

EU OLHO E EU LEMBRO,

EU FAÇO E EU ENTENDO!

     (HENRY CASTNER). 

OFICINA APRESENTADA PELOS PROFESSORANDOS (CLEILSON, LAYANE E ANA CLAUDIA) COM O TEMA:


PRÁTICA DE CARTOGRAFIA: CONFECÇÃO DO GLOBO TERRESTRE, MAQUETES E VALORIZAÇÃO DO ESTUDO DO MEIO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.
             Uma grande gama de professores e alunos tem dificuldades em ler mapas e vêem na à cartografia um “bicho de sete cabeças” isso porque eles não tem domínio desse conhecimento. No nosso dia-a-dia fazemos uso da cartografia, basta analisarmos o percurso de casa para o trabalho ou para a escola, onde utilizamos vários elementos cartográficos como: Localização, Simbologia, Noção de lateralidade, orientação e outros.
             “A formação do cidadão não é completa se ele não domina a linguagem cartográfica, se não é capaz de usar um mapa.” ALMEIDA (2001, P.18).
 





Da esq. p/ dir. - Ana Claudia, Profº Eduardo Almeida, Cleilson e Layane.



OFICINA APRESENTADA PELAS PROFESSORANDAS (ÂNGELA, MARIANA, JEANE E LUCIENE) COM O TEMA:


NOVOS RUMOS DE APENDERE ENSINAR GEOGRAFIA - MURAL DE MAPAS E BINGO GEOCARTOGRÁFICO (dudumranhense).


Sabemos da importância e que os primeiros temas abordados em sala de aula fazem parte de um ensino continuativo para posteriores análise dos demais, e, além disso, somos sabedores da deficiência cartográficos no ensino, pois são muitos os alunos que até mesmo terminam o curso de geografia sem reconhecer num mapa “nu” todos os estado brasileiro. Assim, o bingo geocartográfico das regiões-dudumaranhense, testado e aprovado em seis oficinas com professores das séries iniciais e Geografia, em três pólos universitários do estado do Maranhão, além de turmas do ensino médio, fundamental e educação de jovens e adultos. É uma forma de aprender pequenas deficiências cartográficas, de forma dinâmica e interativa.

Da esq. p/ dir. - Mariana,  Ângela, Jeane, Profº Eduardo Almeida e Luciene.


 


MESA REDONDA

RELATO DE EXPERIÊNCIA APRESENTADA PELO 
PROFº EDUARDO ALMEIDA COM A TEMÉTICA:
APRENDIZAGEM CONSTANTE ENTRE A INSTITUIÇÃO E EMOÇÃO

“O trabalho pedagógico é um processo que Inclui aspectos éticos  e emocionais que estão sempre presentes nas relações entre as pessoas”.

Davini, 1995.
Com esse relato, direcionei alguns questionamentos, observações e reflexões sobre "ser" professor, a prática no ensino dos conteúdos e a relação-interação com os alunos no cotidiano escolar que esses treze anos de experiência proporcionou-me.
 

     PROFº Eduardo Almeida.

domingo, 18 de setembro de 2011

METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA. O que há por traz de uma panela?

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO- UEMA
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE CAXIAS- CESC
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA- DHG
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA
DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO: METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA
PROFESSOR ESP.: EDUARDO DE ALMEIDA CUNHA
 
RESENHA: O que há por traz de uma panela? Uma atividade de campo como trajetória a um olhar geográfico. (Elizabete Helena Coimbra Mateus)
 
                                                       
                                                  JOSÉ EVALDO DA LUZ SILVA
 
CAXIAS-MA
   SET/2011    
O que há por traz de uma panela? Uma atividade de campo como trajetória a um olhar geográfico. (Elizabeth Helena Coimbra Mateus).

O texto propõe abri discussões sobre o papel da atividade de campo como um dos processos na construção do conhecimento geográfico, bem como algumas reflexões sobre a prática no ensino de geografia e mostrar que a atividade de campo é instrumento histórico de análise. O aluno através da observação de fenômenos ou de coleta de dados sobre objetos específicos segue roteiros pré-concebidos, remete a refletir a metodologia como uma ação pedagógica. O objetivo primordial é encaminhar o desafio de olhar o cotidiano “do lugar”, seja ele o bairro a que pertencemos, um local de trabalho, de produção, de ocupação ou vida, e vislumbrar um olhar curioso, instigador, que rompa a inércia da indiferença. Encaminha uma reflexão dialógica, percebam as interações do local interagindo com o global em uma perspectiva em busca de uma compreensão. Possibilita uma mediação entre professor e aluno e que possa levar a uma reflexão e uma modificação dessas representações. Tem como foco o trabalho na rede particular de ensino médio em Porto Alegre. E mostra as diferentes estratégias utilizadas ao longo de um ano letivo, priorizando o papel pedagógico da atividade de campo.
Ao longo do ano desenvolvem-se diferentes propostas de trabalho que visam estimular os alunos a interpretar, a simbolizar, a relacionar e a debater no grupo uma problemática. Uma das atividades, por exemplo, é solicitar-lhes que assistam as principais notícias e propagandas na televisão, em um dia estipulado, e que as listem. Depois, reunidos em grupos relacionam os fatos que julgarem relevantes com o objetivo e de contextualizar os fatos dentro de uma dinâmica mundial e seus reflexos no nosso cotidiano.
Outra atividade interessante foi montar uma reduzida árvore genealógica em que se priorizou traçar o histórico das origens dos familiares ( até a terceira geração) e o número de filhos que cada uma dessas gerações teve. A parti daí, conjugar informações para chegar uma radiografia do grupo e fazer um paralelo com formação cultural e populacional do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Foi proposto com o objetivo de aproximar vários conceitos estudados e debatidos em sala de aula ao longo de diferentes atividades o seguinte questionamento: O há por trás de uma panela? – O objetivo era buscar, por meios de palestras, de entrevistas de visitação às áreas de produção. Ao pensar a atividade de campo, foi lançada primeiramente a reflexão sobre o bairro onde se mora e se estuda, para tentar instigar nos alunos um olhar observador sobre o cotidiano.
A cidade centraliza algumas questões que servem como motivadoras. Na cidade possui uma fábrica de panelas, economicamente fundamental à economia, com aproximadamente 20 mil habitantes, uma pequena cidade do interior, que possui uma forte presença da cultura italiana. Dessa forma, ela oportunizou o contraponto entre as informações sobre a realidade de uma cidade de Carlos Barbosa-RS, com possibilidade de vivenciar, de olhar e de conversar com os próprios atores. A atividade estimula os alunos a buscar novos significados, a observar o que está contido em uma paisagem, até então indiferente a eles. Essa leitura passa pela descrição, pelo estabelecimento de relações, buscando um novo significado para seus conceitos. Dentro do contexto na fabricação de panelas, é relevante uma reflexão sobre sua utilização, no manejo, matéria prima, no ambiente de trabalho, que a previsão de automatizar uma das áreas teria como reflexo o desemprego dos funcionários. A fabricação de panelas fazia parte da realidade e da sobrevivência de um operário migrante e que detinha uma representatividade das mais expressivas, hoje se estendendo em importantes economias mundiais.
Além da visitação à fábrica, possuíam outros objetivos, como: Visita à uma cooperativa, onde foi possível conhecer e vivenciar o processo produtivo de elaboração de diferentes beneficiamentos do leite.Os alunos visitaram também uma agroindústria familiar e que após seguiram para o centro da cidade com o objetivo de traçar uma radiografia da vida e dos moradores.
Ao retornarem às atividades escolares foram feitos, em duplas, relatórios em que buscam, por meio da escrita e do uso de imagens, fotografias, desenhos, colagens... e expressar o que foi mais apresentativo.O conhecimento como apropriação, através da atividade de campo esteve presente de uma forma inquestionável, abre um espaço de discussão e de reflexão. Assim sendo, acredito que uma proposta de atividade de campo tenha como necessidade fundamental definir a relação entre o sujeito, pesquisador e pesquisado, e seu objeto de análise, o campo.
Que a vivência como processo é importante ao sair do espaço escolar, mais formal, com papéis definidos e cadeiras ordenadas, para um local que permita desfrutar emoções, compartilhar, cantar, rir, e quem sabe proporcionar um novo olhar ao que já está dado. É um olhar diferenciado e que abre possibilidades de novas interações em que o aluno tem a capacidade de refletir e de questionar as suas verdades.
Percebendo o lugar, e contextualizando a paisagem, a descoberta do que nos envolve no nosso cotidiano, sem dúvida passa por um exercício de olhar a nossa volta e perceber o entorno que nos conduz a refletir sobre ele.
O papel da atividade de campo passa a ser inquestionável justificar sua importância como instrumento pedagógico, nas diferentes áreas do conhecimento, inclusive na geografia. A atividade de campo deve ser abordada como possibilidade de construção, de busca, sob o reflexo de interações dialógicas. Repensar, reinventar, conviver com possibilidades, explorar, apaixonar-se pelo que conhece.